segunda-feira, 14 de maio de 2007

Inspiração

Reunião pública de 26-9-60
Questão n° 218 de O Livro dos Médiuns

Em qualquer consideração sobre a mediunidade, não te esquives à inspiração, campo aberto a todos nós e no qual todos podemos construir para o bem, assimilando o pensamento da Esfera Superior.

Não vale fenômeno sem proveito.

*

Um homem que enxergasse, num vale de cegos, sem diligenciar qualquer auxílio aos irmãos privados da luz, não passaria de uma lente importante, entregue a si mesma.

Aquele que conversasse numa província de mudos, fugindo de prestar-lhes concurso na reconquista da fala, assemelhar-se-ia tão-somente a uma discoteca ambulante.

Quem se locomovesse à vontade, numa terra de paralíticos, negando-lhes apoio para que readquirissem a herança do movimento, seria para eles uma ave rara e anormal, agindo em forma humana.

A pessoa que ouvisse, numa ilha de surdos, desertando da cooperação fraterna para que reaprendessem a escutar, seria apenas uma registradora de sons.

A criatura que ensinasse lógica e conduta numa colônia de alienados mentais e não procurasse um meio, ainda que simples, de amparar-lhes o retorno à razão, estaria, entre eles, como arquivo de máximas inassimiláveis.

*

Não te asseveres incapaz de servir, porque de falte mais ampla incursão no inabitual.

Recurso psíquico, sem função no bem, é igual à inteligência isolada ou ao dinheiro morto, excelente aglutinantes da vaidade e da sovinice.

De toda ocorrência, observa o préstimo.

E certos de que o pensamento é onda de força viva que nos coloca em sintonia com os múltiplos reinos do Universo, busquemos a inspiração do bem para o trabalho do bem que nos compete, conscientes de que as maravilhas mediúnicas, sem atividade no bem de todos, podem ser admiráveis motivos a preciosas conversações entre os esbanjadores da palavra, mas, no fundo, são sempre o exclusivismo de alguém, sem utilidade para ninguém.

Emmanuel

Bons estudos!
Carla e Hendrio

Referência:
XAVIER, F. C. "Seara dos Médiuns". Pelo Espírito Emmanuel. 7ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Página 193-4.

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