segunda-feira, 14 de maio de 2007

Intuição

Reunião pública de 28-10-60
Questão nº 180 de O Livro dos Médiuns

Sempre que te disponhas à tarefa de servir, na mediunidade, és alguém interpretando alguém, junto de alguém.

Vaso em que se transporte a mensagem do Amor Infinito para os caminhantes da Terra, deixa que a compaixão seja em tua alma o fixador do divino auxílio.

*

Contempla os sofredores que te procuram, por mais desarvorados, na categoria de irmãos que trazem na própria dor o sinal da altura a que não puderam chegar.

Diante de todos aqueles que o mundo reprova, pensa no supremo esforço que fizeram para serem bons, sem que pudessem atingir o ideal a que se propunham.

À frente dos companheiros incursos em faltas graves, medita na extrema luta que sustentaram consigo mesmos, antes de se arrojarem à delinqüência, e, perante os que se mergulham na corrente do vício, imagina-te à beira das armadilhas em que caíram sem perceber.

Encontrando a mulher que te parece desprezível, reflete nas longas noites de aflição que atravessou, padecendo na resistência moral para não cair no infortúnio, e, surpreendendo o celerado que se te afigura cruel, mentaliza o seio maternal que o acalentou, entre preces e lágrimas, supondo amamentar a boca de um anjo.

Se os problemas do próximo surgem obscuros e inconfessáveis, pede à simpatia te ajude a resolvê-los, porque, em verdade, não lhes conheces o início e nem sabes que forças da sombra se ocultam por trás dos que tombam, chagados de sofrimento.

*

Seja qual for o necessitado, compadece-te; e, se esse mesmo necessitado te fere e injuria, compadece-te ainda mais.

Não julgues ninguém tão excessivamente culpado que não careça de apoio e de entendimento, recordando que a Bondade de Deus, cada manhã, retira a alvorada vitoriosa das trevas da meia-noite.

Intuição é pensamento a pensamento.

E só o pensamento da compaixão é capaz de traduzir, com fidelidade, o pensamento da Luz.

Emmanuel

Bons estudos!
Carla e Hendrio

Referência:
XAVIER, F. C. "Seara dos Médiuns". Pelo Espírito Emmanuel. 7ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Página 211-2.

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