segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

“Mens sana in corpore sano”

Sendo o ser humano encarnado uma tríade Alma-Princípio Intermediário-Corpo, a harmonia de pensamentos, sentimentos e ações conduzirá também a uma harmonia nos centros vitais. A associação entre saúde da mente e saúde do corpo é amplamente abordada pelo Oriente há milênios, e também já era abordada na Era Clássica, como na obra abaixo, do poeta romano Juvenal, escrita entre o final do século I e início do século II da era cristã. O trecho abaixo, das linhas 356 a 364 da Décima Sátira, traz inclusive uma frase famosa a este respeito.


Em “Missionários da Luz” [1], Anacleto indica: “Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos. Isto acontece, mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males.”

Homem Vitruviano (Leonardo da Vinci, 1490)

Na Obra “Entre a Terra e o Céu” [2], elucida Clarêncio: “Como não desconhecem, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente, o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins. O crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em que nos movemos, após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e arquivada em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina. (...) Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais.”

Jacob Melo [3] recomenda: “Rearmonizar os centros de força, portanto, é reformar-se moralmente, agindo de maneira cristã em todos os momentos da vida. Mas, como isso não é comum às nossas ampliadas comodidades, a nós, falíveis espíritos devedores, nos cabe exercitar por possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e, sobretudo, orando por nosso próximo. Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo valer nosso centro coronário como captador das boas energias espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando nossa matéria (...)”


Leia também, neste blog, as postagens “O Corpo Físico”, “Vigiai e Orai”, “Inteligência e Instinto”, “Doenças”, “Amar os inimigos” e “Sintonia espiritual”.


Bons estudos!
Carla e Hendrio


Referências

1. XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. 24ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1993. Cap. 19.
2. XAVIER, Francisco Cândido. “Entre a Terra e o Céu”. 17ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1997. Cap. 20.
3. MELO, Jacob. “O Passe: Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática”. 17ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2006. Cap. 4, item 3.5.

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